" U F R J "
É pioneira em curso de Engenharia Nuclear no Brasil.
Usada na geração de energia elétrica, na agricultura e em exames médicos, a engenharia nuclear tem apresentado perspectivas favoráveis no Brasil. Tanto que o setor de energia nuclear integra a estratégia de pesquisa e desenvolvimento do Plano de Ação 2007-2010, Ciência, Tecnologia e Inovação para o Desenvolvimento Nacional do Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT), inserido no conjunto de ações do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).
Pensando nisso e cientes da intensa concentração de urânio existente no Brasil, além das amplas áreas para serem prospectadas, a UFRJ criou, para o Vestibular de 2009, o primeiro curso de Graduação em Engenharia Nuclear do país .
– O curso já havia sido criado há algumas décadas. Ele está sendo reaberto com uma ementa atualizada. Na realidade, a reabertura do curso atende a uma nova realidade que se coloca não só no Brasil como também no exterior: a retomada da energia nuclear para aplicações em vários campos, o que aumentou a demanda por profissionais dessa área.
A Graduação é formada por um ciclo básico com duração de 4 períodos onde os estudantes aprendem disciplinas comuns a todas as engenharias, como termodinâmica e cálculo, e um ciclo profissionalizante com duração de 6 períodos. A ementa do curso envolve disciplinas como Física Nuclear Aplicada, Física de Reatores Nucleares, Fontes Alternativas de Energia, Métodos Numéricos Computacionais, Análise de Riscos de Instalações Nucleares e outras. Ao todo, o aluno cursará 231 créditos, que correspondem a 3.600 horas de aula, perfazendo 66 disciplinas.
Antes da criação do curso, apenas profissionais da Pós-graduação podiam trabalhar com engenharia nuclear.
A possibilidade de oferecer uma formação adequada para a graduação representa a solução para a atual carência de profissionais no país. “a inexistência de uma Graduação em Engenharia Nuclear pode gerar dificuldades em obter o registro no Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura (CREA) para o profissional que não for graduado em Engenharia”.
Os profissionais formados pela UFRJ podem atuar junto à Eletronuclear (órgão do governo responsável pela operação das usinas nucleares brasileiras), às indústrias nucleares do país, que fabricam elementos combustíveis, à Comissão Nacional de Energia Nuclear (órgão regulador da energia nuclear no Brasil), além de poderem desenvolver de pesquisas nas principais universidades, como no Programa de Engenharia Nuclear da Coppe.
A Graduação, assim como o curso de Pós-graduação da universidade, é dividida em cinco áreas de atuação: física de reatores nucleares; engenharia de reatores nucleares; física nuclear aplicada; análise de segurança de instalações nucleares e engenharia de fatores humanos. “A grade do curso de Graduação foi construída preservando essas áreas da Pós-graduação, pois, dessa forma, os alunos terão uma formação que lhes possibilitará, também, cursar a Pós de maneira natural e produtiva”.
A diferença entre um curso de Graduação e um da Pós-graduação está no perfil do profissional. Enquanto o primeiro é voltado para o mercado de trabalho, o segundo visa formar pesquisadores.
– Atualmente, a produção de energia nuclear no país é insignificante em termos mundiais. Contudo, se considerarmos as perspectivas de uso futuro, para fins de geração de energia elétrica, acho que teremos uma participação muito significativa, pois o país está trabalhando para dominar as etapas do ciclo do combustível nuclear de maneira profissional e com visão de futuro .
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